(Ficcionalizando uma reunião de formação de Ensino Remoto. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência)
Por Jorginho da Adelaide
Fim
(O nome do autor desses apontamentos também é fictício. Inspira-se em Luis Fernando Veríssimo e Gregório Duvivier)
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Fonte: Adufes
De acordo com o documento, “(...) enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a pandemia do coronavírus segue crescendo e está presente em todas as comunidades do mundo, o Brasil se aproxima dos Estados Unidos (líderes mundiais no morticínio por Covid-19) na contagem do(a)s morto(a)s: 172.934 contra 111.100, enquanto se igualam no número de morto(a)s por 1 milhão de habitantes, em 523 (dados de 20 de agosto)”.
A nota também frisa que “(...) o Governo Bolsonaro se destaca entre os presidentes negacionistas, reivindicando que devemos “tocar a vida” passando por cima de mais de 111 mil morto(a)s, [dentre os quais] já são mais de 690 indígenas morto(a)s e infectado(a)s mais de 26 mil.”
Para o Sindicato Nacional, “(...) no momento que passamos dos 100 mil morto(a)s, com a crítica as fraudes no auxílio emergencial e das desastrosas falas do presidente, saiu a pesquisa da Datafolha realizada em 11 e 12 de agosto, com 2.065 brasileiro(a)s adulto(a)s que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país, são 37% os que acham o governo ótimo e bom. Em junho, eram 32%. No mesmo período, caíram de 44% para 34% os que o consideram ruim ou péssimo. A aprovação subiu 5 pontos, e a reprovação caiu 10: uma mudança de 15 pontos, favorável ao governo. Desde que assumiu, essa é a primeira vez que há um crescimento na avaliação positiva do governo. As avaliações são diversas, mas há consenso em alguns pontos: o auxílio emergencial pesou, o governo mudou a sua postura e a pandemia, lamentavelmente, está sendo usada de forma a beneficiar o Governo”.
Em outro trecho da nota, foi salientado ainda que “(...) precisamos estar unificado(a)s e disposto(a)s para lutarmos contra o corte previsto para a educação superior no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que tramitará no Congresso Nacional. Para o orçamento de 2021, o Ministério da Educação pretende cortar parte das despesas com gastos discricionários para este setor (custeio, investimentos e Assistência Estudantil), que representa 18,2% e deve chegar à cifra de R$ 1,4 bilhão, em comparação ao orçamento de 2020”.
Diante do contexto, o Andes-SN por meio desta nota demonstra, mais uma vez, seu compromisso com a categoria e “(...) disposição para resistir e sairmos da defensiva! No Seminário do FONASEFE, foi indicada a construção de um Dia Nacional de Lutas com greves e paralisações nas três esferas do funcionalismo (municipal, estadual e federal) e empresas estatais, em diálogo com o movimento estudantil e movimentos sociais para a segunda quinzena de setembro. A Reforma Administrativa que querem nos impor receberá uma resposta à altura com a organização das categorias do funcionalismo público e uma campanha de defesa dos serviços públicos! A difícil conjuntura que vivemos não pode significar que não há esperança!
Devemos continuar ousando lutar, pois assim venceremos!”
*Com informações do Andes-SN
Fonte: Adufes
Nós, docentes da UFES, organizadas/os no Grupo de Trabalho Políticas de Classe para as Questões Étnico-raciais, de Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS)/Adufes, expressamos indignação e repúdio à decisão do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes – HUCAM, da Universidade Federal do Espírito Santo, por se recusar a prestar o atendimento requerido, por direito, pela família de uma criança de 10 anos, grávida por estupro.
Das três situações em que o aborto é autorizado no Brasil, a menina sofria duas delas: foi vítima de estupro e a gravidez traz risco de morte. O procedimento, portanto, era um direito adquirido. Ainda assim a equipe médica recusou-se a proceder à sua execução.
Com tal recusa, o caso ganhou maior projeção midiática. A justiça, em proteção à vida da criança e da mulher, viabilizou a ida dela para outro estado para a realização do abortamento. Desde pastores, padres, fundamentalistas religiosos até apologéticos do fascismo mobilizaram suas bases para irem ao hospital na tentativa de inviabilizar que o direito da criança fosse efetivado.
É inadmissível que um hospital tenha participado dessa sequência de violências e tenha colocado a vida de uma menina de 10 anos em risco. O fato de ser um hospital universitário, onde estudantes realizam parte de sua formação torna o caso ainda mais grave, em face do princípio que mais dignifica a atividade universitária: o compromisso com a transformação social. Manter a gravidez teria sido violentar essa criança mais uma vez.